segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Poeminhas Meus

Historinha de Terror

Era uma casa velha

Sozinha, escura, abandonada

Tenebrosa, mesmo!

Mas tinha que ser assim....

Prá que os fantasmas

Que nela habitavam

Pudessem procriar em paz...



Mais um conto...

Cansado de pular pelo brejo
E na falta da princesa
Foi pedir o sapo à bruxa
Um beijo de boa noite
Que lhe devolvesse a beleza

Ah! Pobre batráqueo!
Qual não foi sua surpresa...
A bruxa, na pindaíba
Não comia há dois meses

Apertando-lhe o pescoço
Soltou uma gargalhada sinistra
E num gesto de extrema pobreza
Jantou naquela noite
Um belo sapo... à milaneza!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Régis Torres & Banda no Café da Rua 8

Uma palhinha do show em homenagem a Flávio Venturini, em Nov 2010.

Henrique Barreto no teclado e Helmar Pereira na bateria. A música é a linda Pierrot, de Venturini e Ronaldo Bastos.
http://www.youtube.com/watch?v=8JQlS46FUfk

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Desagravo de um professor

 Repasso aos meus leitores e amigos, para uma reflexão! A matéria foi escrita por um Professor Doutor, que assina no final.
 


Amigos,

Embora há muito tempo desligado daquela instituição, como ex-professor do Instituto Metodista Izabela Hendrix, fiquei profundamente consternado com o caso do universitário que, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca no coração de seu professor, na cantina, em pleno horário escolar, à frente de todos.
Escrevi um desagravo e, em minha opinião, a pérfida ilusão vendida a muitos alunos despreparados, sobre a escola (e a vida) como  lugares supostamente cheios de direitos e pobres em deveres, acaba por contribuir para ambientes propensos à violência moral e física.

Espero que, se concordarem com os termos, repassem adiante, sem moderação. A divulgação é livre.
Abs
Igor


J’ACUSE !!!
(Eu acuso !)
(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)
« Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice. (Émile Zola)
Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...) (Émile Zola)

Foi uma tragédia fartamente anunciada.
Em milhares de casos, desrespeito.
Em outros tantos, escárnio.
Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).
A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.

O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.
Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e  imperativo de convivência supostamente democrática.

No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”.
Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.”
Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”.
Afinal de contas, ele está pagando...

E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”
Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente...

Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.
Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.

Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal a o autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:
EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;
EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;
EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;
EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;
EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;
EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;
EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;

EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam  analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;
EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;

EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;
EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,
EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;
EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.
EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;
EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;

Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.
Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.
A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima.


Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”
Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão.


É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.
Igor Pantuzza Wildmann
Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.
 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Minha agenda da semana

Espiem só aonde eu vou tocar essa semana:

Quarta feira, a partir das 19:00, grandes sucessos da MPB, Samba e Bossa Nova no palco do Bar Brahma (CLS 201), em show intimista ao violão e voz.
Couvert a R$ 10,00. Evento indicado para maiores de 16 anos.

Sábado, a partir das 21:00, MPB e Bosa Nova no Villa Tevere Ristorante
(CLS 115). Couvert a R$ 10,00. Evento para maiores de 16 anos.

Grande abraço!

Para descontrair...

O mundo está acabado...

O Faustão está magro, Silvio Santos quebrado, 
Tiririca alfabetizado, o Edson Celulari divorciado e
O financiamento do novo estádio do Corinthians aprovado!
O poder econômico da Europa foi rebaixado, o dólar desvalorizado,
O Wiki Leaks censurado e o uso da camisinha pelo Papa foi liberado!

O imposto está elevado, Complexo do Alemão pacificado,
O salário dos deputados aumentado, a Dilma promove um político encalhado (Michel Temer)
O Lula finge ser cidadão de São Bernardo!
O trânsito está complicado, o ENEM desmoralizado
O PT beneficiado, e o Richarlyson chamou o juiz de viado!
É... o mundo está acabado!

Sobre Música e Camelos- recebi de um amigo

Caros, recebi essa belíssima história sobre Música, que nos recorda um outro aspecto de nossas profissões, não menos importante... Compartilho aqui com vocês:



Diz AFFONSO ROMANO "Eu tinha lido que, lá na Índia, elefantes olhando o crepúsculo, às vezes, choram. Mas agora está aí esse filme Camelos também choram. A gente sabe que porcos e cabritos quando estão sendo mortos soltam gemidos e berros dilacerantes. O filme que verão a seguir, foi feito sobre uma comunidade de pastores de ovelhas e camelos, na Mongólia, e mostra que os camelos choram - não diante da morte, como alguns animais no abate,  mas em certas circunstâncias que fariam chorar qualquer ser humano.


Para nós, que nos encontramos tão afastados da natureza, olhando a dureza do asfalto e a indiferença dos muros e vitrines; para nós que perdemos o diálogo com plantas e animais, e, por conseqüência, conosco mesmos, testemunhar com aquela bela família de mongóis, o nascimento de um filhote de camelo e sua relação com a mãe é uma forma de reencontrar a nossa própria e destroçada humanidade.É isto: eles vivem num deserto: Terra árida, pedregosa. Eles, dentro daquelas casas redondas de lona e madeira, que podem ser montadas e desmontadas. Lá fora um vento permanente ou o assombro do silêncio e da escuridão. E as ovelhas e carneiros ali em torno, pontuando a paisagem e sendo a fonte de vida dos humanos.

Sucede, então, que a rotina é quebrada com o parto difícil de um camelinho. Por isto, a mãe camela o rejeita. O filho ali, branquinho, mal se sustentando sobre as pernas, querendo mamar e ela fugindo, dando patadas e indo acariciar outro filhote, enquanto o rejeitado geme e segue inutilmente a mãe na seca paisagem. A família mongol e vizinhos tentam forçar a mãe camela a alimentar o filho. Em vão.

Só há uma solução, diz alguém da família, mandar chamar o músico. Ao ouvir isto estremeci como se me preparasse para testemunhar um milagre. E o milagre começou musicalmente a acontecer. Dois meninos montam agilmente seus camelos e vão a uma vila próxima chamar o músico. É uma vila pobre, mas já com coisas da modernidade, motos, televisão, e, na escola de música, dentro daquele deserto, jovens tocam instrumentos e dançam, como se a arte brotasse lindamente das pedras.

O professor de música, como se fosse um médico de aldeia chamado para uma emergência, viaja com seu instrumento de arco e cordas para tentar resolver a questão da rejeição materna. Chega. E ali no descampado, primeiro coloca o instrumento com uma bela fita azul sobre o dorso da mãe camela. A família mongol assiste à cena. Um vento suave começa a tanger as cordas do instrumento. A natureza por si mesma harpeja sua harmônica sabedoria.

A camela percebe. Todos os camelos percebem uma música reordenando suavemente os sentidos. Erguem a cabeça, aguçam os ouvidos, e esperam. A seguir, o músico retoma seu instrumento e começa a tocá-lo, enquanto a dona da camela afaga o animal e canta. E enquanto cordas e voz soam, a mãe camela começa a acolher o filhote, empurrando-o docemente para suas tetas.

E o filhote antes rejeitado e infeliz, vem e mama, mama desesperadamente feliz. E enquanto ele mama e a música continua, a câmara mostra em primeiro plano que lágrimas desbordam umas após outras dos olhos da mãe camela, dando sinais de que a natureza se reencontrou a si mesma, a rejeição foi superada, o afeto reuniu num todo amoroso os apartados elementos. Nós, humanos, na plateia, olhamos aquilo estarrecidos. Maravilhados. Os mongóis na cena constatam apenas mais um exercício de sua milenar sabedoria. E nós que perdemos o contato com o micro e o macrocosmos ficamos bestificados com nossa ignorância de coisas tão simples e essenciais.

Bem que os antigos falavam da terapêutica musical. Casos de instrumentos que abrandavam a fúria, curavam a surdez, a hipocondria e saravam até a mania de perseguição. Bem que o pensamento místico hindu dizia que a vida se consubstancia no universo com o primeiro som audível - um ré bemol - e que a palavra só surgiria mais tarde.Bem que os pitagóricos, na Grécia, sustentavam que o universo era uma partitura musical, que o intervalo musical entre a Terra e a Lua era de um tom  e que o cosmos era regido pela harmonia das esferas.Os primitivos na Mongólia sabem disto. Os camelos também. Mas nós, os pós-modernos cultivamos a rejeição, a ruptura e o ruído. Haja professor de música para consertar isto.

Veja o vídeo : http://www.youtube.com/watch?v=vL4rPKZDLu4&feature=player_embedded

Abs

Corciolli
Azul Music Multimídia Ltda.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Rua Ramalhete

Olá, leitores! Hoje disponibilizo para vocês a música Rua Ramalhete, do compositor Tavito, que foi sucesso na década de 80.
Cifrei a canção com dois tons abaixo da tonalidade original, pois o timbre do compositor é aito prá caramba.
Os quarentões se lembram muito bem dessa composição, e a garotada deveria ouví-la...

Abraço a todos!


Rua Ramalhete - Tavito

Intro: Cm    G#+    D7  F/G   F7+(4)/G    

Cm   Cm/Bb                G#7+
Sem querer fui me lembrar
             G#/Bb         Eb7+/9
De uma rua e seus ramalhetes
        G#7M              Eb7+/9   
Do amor anotado em bilhetes
           Dm(b5)   G7/11   G7/9
Daquelas tardes
 

Cm   Cm/Bb               G#7M
     No muro do Sacre-Coeur
             G#/Bb            Eb7+/9
De uniforme e olhar de rapina
             G#7M                   Eb7+/9
Nossos bailes do clube da esquina
                  Dm(b5)   G7/11   G7
Quanta saudade

C7+                  D/C
Muito prazer, vamos dançar
                      Bm7            Esus  E7/9
Que eu vou falar no seu  ouvido
G/A           A7  Dsus  D7/9      F/G
Coisas que vão fazer você      tremer
                     G7/9
Dentro do vestido
C7+                D/C
Vamos deixar tudo rolar
                     Bm7               Esus  E7/9
E o som dos Beatles na   vitrola

A7+                  D7+/9   A7+       C    D
Será que algum dia eles vêm aí
   A7+             D7+/9                  Esus          E4   E7
Cantar as canções que a gente quer ouvir

(Am7  F/A   F/G  C7+  F7+ F#º E7)  Dm  G7/13

Mais uma pérola!

Aos músicos e aos apreciadores...


Joana Francesa – Chico Buarque    
 Intro: A#7+  F7/13-


Em5-/7              A7
Tu ris, tu mens trop
Em5-/7                      A7
Tu pleures, tu meurs trop
Bb7+               F/A      
Tu as le tropique
           Dm7/5-           G7/13-
Dans le sang et sur la peau
Cm7        Eb7+           Abm6    G7/9
Geme de loucura e de torpor
C7/9       F7/13-
Já é madrugada
 Bb7+                 F7/13-  
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda

 Em5-/7      A7
Mata-me de rir
Em5-/7             A7
Fala-me de amor
Bb7+             F/A     
Songes et mensonges
         Dm7/5-          G7/13-
Sei de longe e sei de cor
Cm7        Eb7+            Abm6 G7/9
Geme de prazer e de pavor
C7/9       F7/13
Já é madrugada
  Bb7+                 Gdim           
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda


Gb7+                    F7/13-         
Vem molhar meu colo
               Bbm7     Bbm9/Ab
Vou    te consolar
Gb7+            F7/13-
Vem, mulato mole
               Bbm7                Bbm9/Ab
Dançar dans mes bras
Gb7+                F7/13-
Vem, moleque me dizer   
    F#6/9       Ab/Gb
Onde é que está
                    Fm5-/7   A#7/9
Ton soleil, ta    braise


 Em5-/7                A7
Quem me enfeitiçou
Em5-/7                  A7
O mar, marée, bateau
Bb7+            F/A
Tu as le parfum
            Dm7/5-     G7/9
De la cachaça e de suor
Cm7            Eb7+        Abm6 G7/13-
Geme de preguiça e de calor
C7/9       F7/13-
Já é madrugada
 

Bb7+                 F7/13-  
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda
Bb7+                 F7/13-  
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda
 

Contato após a morte...


Especialmente, para quem acredita na reencarnação...                  

     Um casal fez um acordo: se existisse a reencarnação, realmente, o primeiro a morrer informaria ao outro sobre como eram as coisas, depois que ela ocorresse. O marido foi primeiro, contatou a mulher e contou:                   
 - Bem, levanto-me cedo e faço sexo. Faço o desjejum e vou para o campo de golfe. Faço mais sexo, apanho sol e faço sexo, algumas vezes. Depois eu almoço ( você gostaria, porque só tem quase verduras, muitas verduras!). Mais sexo, um passeio pelo campo de golfe e mais sexo, pelo resto da tarde. Depois do jantar, volto ao campo de golfe e faço mais sexo, até o anoitecer. Aí durmo muito bem, para me recuperar e, no dia seguinte, recomeça tudo, igual ao dia anterior...                    

 Ansiosa, a mulher pergunta:                    
 - E você está aonde, no Paraíso?                    

Ao que o marido responde:                    
 - NÃO, AGORA SOU UM COELHO, EM UBERABA!
 

Se todo brasileiro protestasse...

Que pena;  foi pouco comentado!

     Essa magnífica atitude do Bispo de Fortaleza, digna de todos os
elogios, deve ser repassada a todos,  formando uma corrente no sentido de que  todos os internautas tomem conhecimento desse  gesto, de enorme alcance moral, muito raro nos dias atuais.
     É o clero dando exemplo, em protesto contra o reajuste de 61,8% concedido a Deputados e Senadores. O Bispo se negou a receber a comenda.

     Brasília - uma solenidade de entrega de comenda no Senado terminou
em constrangimento para os parlamentares que estavam em plenário. Em protesto contra o reajuste de 61,8% concedido a Deputados e Senadores na semana passada, o Bispo de Limoeiro do Norte (CE), Dom Manuel Edmilson Cruz, recusou-se a receber a Comenda dos Direitos Humanos Dom Hélder Câmara.


     Em discurso, ele destacou a realidade da população mais carente,
obrigada a enfrentar as filas dos hospitais da rede pública. "Não
são raros os casos de pacientes que morreram de tanto esperar o
tratamento de doença grave, por exemplo, de câncer, marcado para um
e até para dois anos após a consulta".

     Dom Manuel da Cruz lamentou que o Congresso tenha aprovado reajuste para seus próprios salários da ordem de 61,8%, com efeito cascata nos vencimentos de outras autoridades, "enquanto os trabalhadores do transporte coletivo de Fortaleza mal conseguiram 6% de aumento em recente luta por elevação salarial", disse. O Bispo mencionou também "as aposentadorias reduzidas e o salário mínimo que cresce em ritmo de lesmas".

     Comenda - ao recusar a Comenda, o Bispo foi taxativo: "a Comenda hoje outorgada não representa a pessoa do cearense maior que foi Dom Hélder Câmara. Desfigura-a, porém. De seguro, sem ressentimentos e agindo  por amor e com respeito a todos os senhores e senhoras, pelos quais  oro todos os dias, só me resta uma atitude: recusá-la".

     Nesse momento, quando a sessão era presidida por Inácio Arruda
(PCdoB-CE), autor da homenagem, o público aplaudiu a decisão.

     Após a recusa formal, o Bispo cearense acrescentou que "ela é um
atentado, uma afronta ao povo brasileiro e ao cidadão contribuinte.
Disse também que o reajuste dos parlamentares deve guardar sempre "a mesma proporção que o aumento do salário mínimo e o da aposentadoria".

     Dom Edmilson cruz afirmou que assumia a postura com humildade, “sem a  pretensão de dar lições a pessoas tão competentes e tão boas".

     Diante da situação criada, o Senador José Nery (PSOL - PA) cumprimentou o Bispo pela atitude considerada "coerente" com o que pensa. "Entendemos o gesto, o grito e a exigência de Dom Edmilson Cruz que, em sua fala, diz que veio aqui, mas recusará a comenda Dom Helder Câmara. Também exige que o Congresso Nacional reavalie a decisão que tomou em relação ao salário de seus parlamentares", acrescentou o Senador paraense.

     Presidenta Dilma, bem que a senhora poderia, desde já, mostrar ao povo e ao contribuinte porque foi eleita, não é mesmo? Como diria aquele famoso jornalista: “Isso é uma vergonha!!"

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Receita minha!

Camarão ao Molho  de  Ervas  (Receita do Chef Régis Torres)


Ingredientes:

01 K 1/2 de camarão cinza, médios ou grandes, descascados e sem cabeça
02 colh. de sopa de azeite extra virgem
02 colh. de sopa de manteiga ou margarina
01 colh. de sopa de mostarda
100 ml. de leite
01 taça de vinho branco seco
02 cxs. de creme de leite
02 colh. de sopa de extrato de tomate
01 cebola  bem picada
01 tablete de caldo de camarão
Caldo de 01 limão
Alguns galhos de ervas frescas (salsa, alecrim, hortelã, manjericão, tomilho, sálvia) bem picados. Se não conseguir frescas, use as desidratadas.
Sal, alho e pimenta do reino à gosto.

Modo de fazer:

Tempere o camarão com o sal, o alho, a pimenta, o limão e reserve. Aqueça em uma frigideira alta ou panela média, o azeite e a manteiga, o caldo de camarão, a cebola e refogue  até ela dourar. Coloque o camarão (despreze o caldo com limão) e deixe cozinhar por 5 a 7  min., mexendo de vez em quando. Acerte o sal. Acrescente o vinho, e deixe reduzir por aproximadamente 4 min.

Acrescente as ervas e misture por 1 min. Ponha agora o leite, e mexa até ficar bem quente. Acrescente o creme de leite, o extrato de tomate e a mostarda. Cozinhe em fogo baixo para engrossar. Caso não engrosse, acrescente um ragu feito de 02 colh. de farinha de trigo bem dissolvidas em ½ copo d’água e mexa sempre até engrossar.

Para acompanhar, arroz misturado com um vidro de leite de coco e bastante salsa picada.  

Um bom vinho tinto seco harmoniza.

Bonapetit!  


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Bem vindos!!

Olá, pessoal!

Está no ar e na web o mais novo e democrático espaço de leitura de Brasília. O Música & Geral foi carinhosamente pensado, planejado, nasceu  e será idealizado por mim e por vocês, com o principal intuito de levar aos nossos visitantes assuntos relacionados à música, cultura, gastronomia, cidades, economia, política, enfim, um bocadinho de tudo, não é mesmo?

Bem, como sou músico e morador de Brasília há 37 anos, puxarei um pouco de sardinha para o lado desses dois assuntos: cultura e Cidade. Minha intenção é postar aqui algumas matérias que falem a respeito de  música, acontecimentos e espaços culturais, dicas de gastronomia (prá quem não sabe, sou metido a cozinheiro), problemas e soluções que dizem respeito á Capital, e vários outros assuntos que vocês, visitantes deste espaço queiram publicar ou debater. Vale ressaltar que sou totalmente adepto da ética na web, radicalmente contra a pedofilia ou pornografia, e simplesmente abomino a baixaria. Portanto, sacanas de plantão não serão bem vindos por aqui. 

Bom amigos e leitores, leiam, visitem, divirtam-se, critiquem e comentem. Esse espaço é nosso!

É isso, gente! Boa sorte prá nos, e até breve.

Régis Torres  



Matéria interessante!  (postado em 19/01)




Por que não música boa?

     Ligo a TV em um programa de auditório e vejo cadeiras com algumas pessoas sentadas em semicírculo. Eles respondem a um quiz do apresentador e disputam algo veementemente. Sucessivamente revezam o lugar em um palco central cantando sucessos que nunca ouvi. Percebo, então, que são “artistas”. Uso as aspas, porque devido ao alto nível da técnica vocal, da qualidade das canções, dos arranjos e da produção, esse termo pode ser subjetivo.
      Freqüentemente me perguntam como pode isso ou aquilo fazer sucesso no Brasil. Não acredito, sinceramente, que essa seja a questão. A meu ver, a pergunta correta seria: como pode o resto não fazer? Por que a monocultura impera em uma cultura musical tão rica e vasta como a nossa? Por que hoje só há espaço para o simples (entenda aqui como "grosseiro" ou "popularesco") e não também para o sofisticado?
     Não querendo despejar em vocês qualquer absoluta verdade senão a minha, exponho aqui como enxergo essa questão. Nossa população é em sua maioria paupérrima. Nenhuma novidade aí, apenas aqui: fraudamos, pois, por motivos políticos, a nossa taxa de analfabetismo – que em mundos civilizados é medido naturalmente por meio da interpretação de texto –, medindo por “quem consegue escrever o próprio nome”. Se entrarmos no site do IBGE encontraremos : parcela da população que não consegue interpretar texto, ou seja, a real taxa de analfabetismo (camuflada elegantemente): 64%. Portanto, 64% de 200 milhões de brasileiros = 128 milhões de analfabetos.

     Concluiremos, naturalmente, que essa parcela da população vai procurar se expressar, se definir e se espelhar por meio de uma cultura adequada ao seu alcance intelectual e ao seu modo de vida (salvo em casos onde a pobreza traz um isolamento tão atroz que, sem contato com o mundo exterior, acaba por proteger a cultura regional). Somo a esse primeiro fato algumas outras questões antes de chegar onde quero.

     A começar por quem são nossos patronos fonográficos. Quais são as maiores gravadoras hoje no Brasil? Universal, Warner, Sony, EMI. Repare que não há nessa lista qualquer nome que indique uma indústria brasileira. (note também que perguntei: quais são as maiores – e não vamos falar de Som Livre, pois, afinal, esta é uma filial da Globo ). Pois bem, dito isso – e dito que a média de lucro bruto mensal de uma gravadora Major gira hoje entre cinco e vinte milhões (dependendo da época do ano e da gravadora obviamente), pense ao final do ano fiscal para onde vai o lucro anual dessas Majors.
     Foi reinvestido nas diversas fatias da cultura nacional brasileira? Ou foi diretamente para a matriz norte-americana? Quem optou pela segunda alternativa, acertou. Vai para a América do Norte, é claro, para assegurar que seja, aí sim, investida (em fatias proporcionais) na cultura musical estadunidense. Por isso, lá você encontra o sucesso de 11 milhões de cópias do verão, mas encontra simultaneamente o sucesso cult de 400.000 cópias de uma Madeleine Peyroux ou mesmo o sucesso de 100.000 cópias de um Joshua Redman; e se tudo der certo, acertar a mão na continuidade de uma Norah Jones e garantir mais 3 milhões de cópias – e mais as vendas associadas a Norah – o que acaba revitalizando o mercado de jazz e afins. Pois são esses sucessos multiplicados ao passar do tempo que tornam a cultura norte-americana emblemática e são eles que, somados ao cinema e ao turismo, tornam sua economia fortíssima.
     Antes dos tanques de guerra sequer aterrissarem, todos já foram conquistados pelos filmes do Tom Cruise, já cantam a música do Ray Charles, falam a língua inglesa, fazem os passos do Michael Jackson e usam as roupas pretas do Keanu Reeves.
     Voltando para nosso caso… é por isso que a contratação da equipe de uma gravadora multinacional no Brasil segue apenas um mote: venda. Venda imediata. Não importa o quê… uma vez que não há responsabilidade sociocultural ou qualquer filosofia que remeta a um investimento a médio e longo prazo. O que importa é que amanhã você tem que vender x produtos. Não há para tanto a necessidade de contratar alguém que tenha qualquer histórico de contato com cultura. Que seja visionário. Que conheça música (ao menos parcialmente). Que saiba identificar um talento que daqui a vinte anos ainda estará surpreendendo e trazendo mais emblemas para a cultura brasileira, ultrapassando fronteiras.
     Muitos deles saíram da Telefônica e da GV, chamam o CD da sua vida de produto e suas reuniões motivacionais seguem a linha do Herba Life: — “Quem nesse mês vai me entregar 100.000 cópias ?!!” — “Eu! Eu!”, ao som de palmas motivadas da equipe… Agora pense… Eles estão errados? Eticamente, sem dúvida. Mas, moralmente, no mundo do capitalismo moderno, cujo lema é “faturar não importando como” e se o governo brasileiro permitiu que eles especulassem essa fatia mercadológica mesmo que, para tanto, destruam concomitantemente outras de maior potencial.
     Está tudo certo, correto? Até que nós exijamos do nosso governo que, em contrapartida,   exija das gravadoras multinacionais que parte dessa grana fique aqui e seja empregada nas outras fatias (menores, porém quando somadas maiores) do mercado, para revitalizá-lo. Mas, como todo bom círculo vicioso, isso não acontecerá enquanto não houver no Brasil uma compreensão (social e governamental) que investimento na cultura = a investimento na economia. E essa compreensão obviamente também não acontecerá se a nossa taxa de analfabetismo continuar nas alturas, não é mesmo? (Não estou aqui alimentando um negativismo inerte, apenas acredito que, só compreendendo a ciência do problema, poderemos achar as reais soluções).
     E por que as gravadoras nacionais não concorrem de igual para igual com as multinacionais. Acontece que elas têm que disputar o mesmo mercado, com as mesmas “taxas” de veiculação nas mídias de grande impacto (perceba a ironia das aspas nesse caso). E isso só será possível, sem as inúmeras isenções fiscais que o governo brasileiro outorgou para as multinacionais em troca dos milhares de empregos que essas empresas trazem para cá (evidente que esquecemos que tais empregos aliados a tal política especulativa estrangeira geram a destruição de outros milhões de empregos).
     E aí a pergunta final: — O que você tem a ver com isso? Bom, a não ser que você ache o máximo a sua filha curtir um bom funk carioca, que pagode é samba e que Tom Jobim é uma avenida muito bacana, você tem tudo a ver com isso. Embora fujamos do problema, ele nos alcança sempre. Se não nos atentarmos ao fato de que precisamos proteger aquilo que temos de bom, perderemos esse ouro muito em breve. Temos os melhores artistas do mundo e há verdadeiros universos de resistência cultural espalhados por aí. Se você é um artista, ache seus iguais, una-se, faça valer a sua identidade cultural.

     Trabalhe com sua gravadora (de dentro ou de fora dela) para que ela aumente seu casting qualitativo. Saia do mastigado pela mídia e surpreenda-se. Use a internet. Compre CDs nacionais, com precedentes na autêntica cultura universal, investigue aqueles que o fazem; amplie-se!! O nosso futuro merece!!

AUTOR DESCONHECIDO.